A doença acomete 16% da população feminina
Queimação, coceira, sensação de ardor, pontadas ou facadas são sintomas da vulvodínia, doença sem causa definida que acomete 16% das mulheres com dores inexplicáveis na região vulvar.
O uso do botox para tratamento da enfermidade tem sido um dos recursos utilizados com sucesso.
A aplicação do botox paralisa os nervos, impede a contração da vulva e acaba com a dor. No entanto, a toxina botulínica só é indicada em casos de pacientes que não respondem a outras formas de tratamento.
A vulvodínia tem prevalência em mulheres sexualmente ativas (18 a 40 anos) e menopausadas (acima de 50 anos).
Ela pode atacar um determinado ponto da vulva ou comprometer todo o órgão. Os sintomas, constantes ou não, se intensificam com o uso de absorventes internos e pressão aplicada na região, como o andar de bicicleta. Em muitos casos, a moléstia torna quase impossível as relações sexuais.
A falta de conhecimento de especialistas sobre diagnóstico e intervenção apropriada faz com que pacientes apresentem história de múltiplas consultas médicas e uso de inúmeros medicamentos sem sucesso.
O diagnóstico é clínico, deve ser criterioso e por exclusão de doenças, como HPV, candidíase, herpes, inflamação, neoplasia e, até mesmo, trauma de nervo da coluna provocado por queda.
O tratamento multidisciplinar é a único meio de recuperar a autoestima e qualidade de vida da paciente. Ele consiste em dieta alimentar com menos cálcio, medicação anestésica tópica, exercícios para fortalecimento da musculatura da pelve e acupuntura. Via oral são prescritos antidepressivos e anticonvulsivantes que ajudam a diminuir a dor. O botox é a última opção de tratamento.
Evitar o uso de calcinhas de material sintético e de xampus, sabonetes e água quente na região genital também são recomendados para alivio dos sintomas.
Dependendo do caso, adianta a médica, no primeiro mês de tratamento pacientes já apresentam melhoras significativas da dor.
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